E ela respondia:
- não papai, eu tenho que pentear minha boneca...
O pai não sabia mais o que pensar.
Archidéa sempre largava tudo quando o assunto era passear.
No domingo, em outro tom, tornou a perguntar:
- Vamos passear.
As meninas correram em circulo pela casa.
Que desculpa nós vamos dar.
Ficou cada uma a pensar.
Não tendo como recusar.
Archidéa se pôs a pensar.
Onde colocar a cachinhos de ouro, para Elvira não a encontrar?
Pensou num baú, que ficava no corredor.
Abriu colocou bem no fundo e fechou,
Ela ficou três segundos, como que paralisada ali,
Abriu novamente e num salto, impediu-a de ali ficar.
Não, não, aqui ela vai encontrar...
Pensou, pensou... Dentro de um armário... No armário do próprio pai... Ah, não seria demais, poderia ser punida!
Quando o pai a chamou pela terceira vez,
Saiu numa corrida.
- já estou indo papai. Vou trocar meus sapatos.
Puxou num susto a porta que estava próxima a ela, mas antes perguntou:
- posso levar a cachinhos que você me presenteou?Já sabia na verdade, qual seria a resposta, seu pai não gostava que levassem brinquedos à mão em passeios....
E o silencio veio.
Tornou a puxar a porta, então. Após a última e única tentativa em vão!
Era uma porta que dividia a sala da cozinha, pouco ou nunca nela se mexia.
Colocou a bonequinha ali sentadinha, bem próxima à parede que dividia a sala da cozinha, porém bem escondidinha...
Foi com o pai afinal,
Escolher o doce, o doce fatal?
Esperamos que isto não acabasse mal.
Foi à doceira, como nunca se vira.
No semblante nenhum sorriso,
E os saltos que costuma ir dando, como se fosse ao paraíso... Nada.
Seu pai se consumia de preocupação, mas caminhava na mesma direção.
- Nenhuma palavra então? , disse ele.
- O que papai, o que foi que disse? , responde a filha.
Mostrava-se muito preocupada com algo, que ele não entendia.
Chegaram afinal, ao destino.
Ela foi logo recebida pelo Sr. Lino.
Como vai querida, estava com saudades dos cachinhos de ouro.
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