O Que é a Astrologia?
por Milton Maciel
Desmistificando a Astrologia
"A Astrologia é o somatório de todo o conhecimento psicológico da Antigüidade e creio que deve ser aceita pela Psicologia sem maiores restrições".
Carl Gustav JUNG, o grande psicanalista suíço, que usava mapas astrológicos no atendimento a seus clientes e que teve uma filha que se tornou a maior astróloga da Suíça em sua época.
A Astrologia é a ciência que correlaciona os ciclos cósmicos com os ciclos terrestres que interessam à vida humana. Não é uma "Arte" e há algum tempo deixou de ser uma "Ciência Oculta", como costumava ser rotulada. Simplesmente reverteu à sua condição anterior, já multimilenar, de ser uma ciência ensinada e desenvolvida no meio acadêmico.
De fato, a Astrologia evoluiu, desde o nascedouro, como resultado das observações e cálculos matemáticos das mentes mais brilhantes e capacitadas de cada época. Cresceu tanto, que deu origem a um tipo especial de astrólogos, aqueles que passaram a se dedicar integralmente só ao trabalho de observar os céus, compilar tabelas astronômicas e desenvolver cálculos progressivamente mais complexos - e isso deu nascimento à ciência da Astronomia.
A Astrologia evoluiu sempre atrelada às maiores inteligências de sua época, posto que o astrólogo antigo tinha que ser um bom calculista (basicamente trigonometria esférica e geometria analítica, coisa que assusta muita gente até hoje) e um bom observador dos céus. Somente agora é que se pode dispor de um software para fazer instantaneamente cálculos que demandavam dias de trabalho e liberar gráficos de alta resolução, para serem impressos em segundos por poderosas impressoras a cor. Evidentemente isso provocou uma gigantesca revolução na Astrologia contemporânea.
Sempre encontramos brilhantes cientistas, conhecidos hoje como astrônomos ou físicos, ligados ao mesmo tempo à Astrologia. É o caso de Tycho Brahe, Copérnico, Kepler, Newton e Galileu. Todos eles, sem exceção, foram também astrólogos profissionais. Galileu, por exemplo, cobrava 70 liras-ouro por um mapa astrológico, como demonstra G. Favaro em seu livro "Galileu Astrólogo", o equivalente hoje a 110 dólares! Esses homens, celebrados pela ciência atual como grandes gênios da humanidade, não podem, ao mesmo tempo, ser por ela considerados estúpidos por seu envolvimento com a Astrologia.
Sir Isaac Newton foi considerado o grande reformulador da física no seu tempo. Descobriu a Lei da Gravitação Universal e fez grandes estudos de ótica, entre outros feitos. Mas tinha uma substancial fonte de renda nos mapas astrológicos que calculava e interpretava.
Contudo, no século XVII, Colbert, ministro de Luiz XIII, por razões políticas, excluiu a Astrologia de seu ambiente mais nobre, a Universidade de Paris - Sorbonne. Progressivamente a Astrologia passou a ser desalojada das universidades, em parte por ser considerada uma ciência sem sentido, após a demonstração do triunfo da teoria heliocêntrica de Copérnico.
Kepler e Galileu, ambos astrólogos, lutaram pela triunfo dessa teoria, sem que vissem nisso qualquer problema para a Astrologia, em que pese o fato de os mapas astrológicos serem computados a partir da superfície da Terra, isto é geocentricamente, como fazemos até hoje. E isso funciona por uma simples e óbvia razão: NÃO EXISTE A "INFLUÊNCIA" DOS ASTROS (ver artigo a respeito no site).
A Astrologia sempre teve essa dignidade, em que pese a mácula que seu nome recebeu pelo acúmulo dos maus praticantes, astrólogos "soi-disant". E agora, no início do séc. XXI, assistimos a um progressivo deslanche dos projetos de ensino superior de Astrologia, como as Faculdades de Astrologia de Londres ou de Seatlle, USA, Assim como a da Universidade Brás Cubas, de Mogi das Cruzes, SP, primeiro curso superior de Astrologia reconhecido pelo MEC no Brasil.
Esse movimento tem uma excelente perspectiva como resultado: a desmistificação da Astrologia. No amplo sentido da palavra: acabar com a mistificação. A mistificação dos "horóscopos" diários da mídia, dos pseudo-astrólogos que iludem ou se aproveitam da boa fé de seus clientes. E também, por outro lado, despir a roupagem de misticismo com que a Astrologia tem sido revestida. As pessoas podem ser místicas ou agnósticas, têm esse sagrado direito e devem ser respeitadas porque são místicas ou porque não são. O fato de as pessoas místicas gostarem mais facilmente da Astrologia é bem compreensível, pois, sem dúvida é possível associar o simbolismo da Astrologia com coisas espirituais. Tanto quanto é possível associar os mesmos símbolos da Astrologia com dados de fenômenos meteorológicos, sismológicos ou com as oscilações dos preços das ações nas bolsas e das commodities no mercado futuro.
Ou seja, a Astrologia em si não é mística ou não-mística. Na verdade, ela é uma linguagem básica, tanto quanto o é a Matemática. Um polinômio do 3º grau é impessoal. E inútil, enquanto não puder ser associado a alguma necessidade humana básica, seja na resolução de um problema técnico de engenharia, seja simplesmente para servir de tema a uma aula de Matemática de nível médio. Da mesma forma acontece com um mapa astrológico, que por si só é também impessoal; e igualmente inútil, enquanto não for associado a alguma necessidade humana básica, como descrever uma relação entre pessoas ou ajudar a antever uma situação particular em uma empresa.
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